Como abrir um Eletroposto? Guia 2026
O Guia Definitivo para Abrir seu Próprio Eletroposto e Lucrar com a Recarga de Carros Elétricos em 2026


⚡ O Guia Definitivo para Abrir seu Próprio Eletroposto e Lucrar com a Recarga de Carros Elétricos em 2026
Durante décadas, quem controlou a mobilidade no Brasil foram os postos de combustíveis. Gasolina, diesel, etanol. Sempre o mesmo modelo, o mesmo fluxo, a mesma lógica. Em 2026, esse jogo começou a virar — silenciosamente, mas de forma irreversível.
Com milhões de carros elétricos circulando, especialmente modelos como BYD Dolphin, Yuan, GWM Ora 03 e Volvo EX30, surgiu um gargalo que o mercado ainda não conseguiu resolver: falta lugar para carregar.
E é exatamente aí que nasce uma das maiores oportunidades de renda extra (ou até principal) da década.
Este não é um texto motivacional. É um manual real, com números, riscos, investimento, retorno e erros comuns. Se você terminar este artigo, você vai saber exatamente:
se abrir um eletroposto faz sentido para você,
quanto custa começar,
quanto dá para ganhar,
e onde a maioria das pessoas erra feio.
🌎 O cenário de 2026: por que Eletroposto virou negócio (e não moda)
O Brasil vive hoje uma contradição curiosa. As vendas de carros elétricos cresceram mais de 300% em poucos anos, enquanto a infraestrutura de recarga cresceu em ritmo muito mais lento. Isso criou um desequilíbrio clássico de mercado: demanda alta, oferta escassa.
Na prática, isso significa que o motorista elétrico:
planeja rotas com ansiedade,
depende de poucos pontos confiáveis,
e valoriza absurdamente qualquer local que ofereça recarga funcional.
Ter um eletroposto hoje é, economicamente, muito parecido com:
ser o único posto de combustível num bairro novo que acabou de nascer.
Não é exagero. É matemática de fluxo.
📌 Leitura complementar :
👉 Quanto custa carregar um carro elétrico em casa? O cálculo real para 2026
🧠 Antes de tudo: o que as pessoas erram ao pensar em Eletroposto
O maior erro de quem começa a estudar esse mercado é imaginar um “mini posto Shell elétrico”. Isso não existe — e nem deveria.
Eletroposto não é só para estrada. Pelo contrário. Em 2026, a maior parte da recarga acontece onde o carro fica parado por algum tempo.
É aqui que você precisa entender dois modelos de negócio completamente diferentes.
⚙️ Modelo 1: Recarga de Destino — o caminho inteligente para começar
Quando falamos em recarga de destino, estamos falando do tipo de carregamento que acontece enquanto o motorista já estaria parado de qualquer forma. Esse é o ponto-chave que quase ninguém entende no começo.
O cliente não chega com pressa. Ele não está esperando o carro carregar para ir embora. Ele estaciona, conecta o carro e segue a vida: almoça, treina, trabalha, faz compras ou dorme. A recarga acontece em segundo plano, sem gerar ansiedade.
É por isso que esse modelo funciona tão bem — e por isso também é o mais seguro financeiramente para quem está começando.
Na prática, o seu eletroposto não precisa “vender energia”. Ele vende conveniência.
Imagine um restaurante com dois concorrentes lado a lado. A comida é boa nos dois. O preço é parecido. Um deles tem recarga para elétricos, o outro não. Em 2026, o motorista elétrico nem pensa duas vezes. Ele escolhe onde pode carregar.
Esse modelo funciona especialmente bem em locais onde o tempo médio de permanência do cliente gira entre 40 minutos e 2 horas. É exatamente o tempo ideal para um carregador AC.
Onde a recarga de destino realmente dá dinheiro
Não é sobre “qualquer lugar”. É sobre comportamento humano.
Ela funciona melhor em:
restaurantes, cafeterias e bares ☕
academias e centros esportivos 🏋️
mercados, atacados e farmácias 🛒
hotéis, pousadas e Airbnb 🏨
estacionamentos privados e empresariais 🅿️
O segredo aqui não é o volume absurdo de carros, mas a constância. Poucos carros por dia, todos os dias, criam um fluxo previsível de receita.
Que tipo de equipamento é usado nesse modelo
Aqui entram os Wallboxes AC, normalmente entre 7 kW e 22 kW.
Esse tipo de carregador:
é mais barato,
exige menos infraestrutura,
é muito mais tolerante à rede elétrica brasileira,
e tem manutenção praticamente nula.
Um Wallbox de 7 kW entrega, em média, 35 km de autonomia por hora. Em duas horas, o cliente sai com 70 km a mais — mais do que suficiente para o uso urbano diário.
Quanto custa começar de verdade (sem maquiagem)
Aqui está um ponto crítico: muita gente olha só o preço do equipamento e ignora o resto. Isso quebra negócios.
Um cenário realista e responsável envolve:
Equipamento: R$ 7.000 a R$ 15.000
Adequação elétrica (quadro, cabos, proteção): R$ 3.000 a R$ 8.000
👉 Investimento total típico: entre R$ 12.000 e R$ 25.000
Esse valor já considera:
disjuntor correto,
DR tipo A,
DPS contra surtos,
aterramento funcional,
mão de obra qualificada.
Quem corta isso aqui economiza no início e paga caro depois — às vezes com processo judicial.
Por que esse modelo é o melhor para renda extra
Porque ele:
exige baixo investimento inicial,
tem retorno previsível,
não depende de alto fluxo,
não exige subestação elétrica,
e não te transforma em refém do negócio.
Você instala, cadastra no app, divulga no mapa — e o ponto começa a trabalhar sozinho.
⚡ Modelo 2: Recarga de Trânsito — rápida, cara e sem margem para erro
A recarga de trânsito é o modelo que todo mundo imagina quando pensa em eletroposto: carregadores rápidos, paradas curtas, carros entrando e saindo o tempo todo.
Mas aqui vai a verdade nua e crua: esse modelo não é para iniciantes.
Nesse cenário, o cliente está com pressa. Ele quer carregar o máximo possível no menor tempo possível e ir embora. Isso exige carregadores rápidos DC, que são equipamentos completamente diferentes dos Wallboxes AC.
Onde esse modelo faz sentido?
Esse tipo de recarga só funciona bem em locais com:
fluxo constante de estrada,
veículos em viagem longa,
necessidade real de recarga rápida.
Exemplos:
postos de rodovia
grandes conveniências
hubs logísticos
áreas de descanso em estradas
Em ambiente urbano, esse modelo quase sempre não fecha a conta.
O que muda tecnicamente (e por que fica caro)
Carregadores DC:
exigem potência altíssima,
demandam rede trifásica robusta,
muitas vezes precisam de subestação própria,
sofrem muito mais com variação elétrica,
e custam caro para instalar e manter.
Aqui, o carregador não perdoa erro. Um projeto mal feito pode:
derrubar energia do quarteirão,
queimar equipamento,
ou gerar risco real de incêndio.
Quanto custa, sem fantasia
Um cenário realista envolve:
Equipamento DC: R$ 70.000 a R$ 250.000
Infraestrutura elétrica pesada: R$ 50.000 a R$ 120.000
👉 Total facilmente acima de R$ 200.000
E isso antes de pensar em:
contrato especial de energia,
demanda contratada,
manutenção,
seguro,
licenciamento.
Por que o erro aqui custa caro
Porque o investimento é alto, a margem é mais apertada e o risco operacional é grande.
Se o carregador ficar fora do ar:
você perde receita imediatamente,
perde reputação nos apps,
e ainda continua pagando custos fixos.
Por isso, esse modelo é indicado apenas para quem:
já tem capital,
entende de energia,
e aceita risco operacional maior.
🔎 Por que este guia foca no modelo de destino
Porque ele é:
mais democrático,
mais fácil de implantar,
mais previsível financeiramente,
e ideal para quem quer começar certo, não grande.
A maioria dos eletropostos lucrativos no Brasil não são rápidos. São discretos, bem posicionados e integrados ao dia a dia das pessoas. Esse é o jogo real em 2026!!
🔌 A parte técnica
Carregador de carro elétrico não é eletrodoméstico. Não existe “ligar numa tomada e pronto” se você quer ganhar dinheiro e dormir tranquilo.
Antes de instalar qualquer coisa, três pontos são obrigatórios.
1️⃣ Viabilidade elétrica
Um carregador de 7 kW consome o equivalente a dois chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo.
Você precisa verificar:
padrão de entrada do imóvel,
carga contratada com a concessionária,
se será necessário aumento de demanda.
2️⃣ Circuito dedicado
O carregador não pode dividir circuito com outras cargas.
Ele precisa de:
disjuntor exclusivo,
cabos corretamente dimensionados,
aterramento funcional (de verdade).
3️⃣ Proteções obrigatórias (isso salva seu negócio)
Aqui muita gente quebra antes de começar.
São obrigatórios:
Disjuntor correto
DR Tipo A (não é o DR comum)
DPS contra surtos elétricos
Sem isso, você corre risco real de:
queimar o carro do cliente,
perder seguro,
responder judicialmente.
📌 Leitura complementar (link interno):
👉 A peça de R$ 80 que pode salvar a vida do seu EV (e do seu negócio)
💳 Como cobrar sem virar funcionário do seu próprio Eletroposto
Você não vai ficar cobrando na mão, isso mataria o negócio em 2026, tudo passa por plataformas de gestão (CPO).
Funciona assim:
o cliente chega,
escaneia um QR Code,
libera a recarga pelo app,
paga por PIX ou cartão,
você recebe automaticamente.
Plataformas comuns no Brasil:
VoltBras
NeoCharge
Tupinambá
Elas cobram uma taxa pequena — e resolvem tudo: pagamento, controle, relatório e repasse.
💰 Agora o que interessa: quanto dá para ganhar (números reais)
Vamos usar um cenário conservador.
Exemplo realista:
1 carregador AC de 7 kW
Uso médio: 5 horas por dia
Energia entregue: ~35 kWh/dia
Preço praticado em 2026:
Venda: R$ 2,20 / kWh
Seu custo: R$ 0,90 / kWh
Resultado:
Receita diária: ~R$ 77
Receita mensal: ~R$ 2.300
Custo de energia: ~R$ 950
Lucro bruto: ~R$ 1.350/mês
👉 Um equipamento de R$ 15.000 se paga em 10 a 12 meses.
E depois disso, vira fluxo de caixa.
Se tiver dois carregadores, dobre o raciocínio.
📍 Onde a maioria erra
Instala carregador em local sem fluxo
Não cadastra no PlugShare / Google Maps
Economiza em proteção elétrica
Não faz seguro
Compra carregador obscuro sem assistência
Eletroposto é infraestrutura, não gadget.
🧭 Checklist final
✔ Local com fluxo real
✔ Energia elétrica viável
✔ Projeto elétrico correto
✔ Proteções obrigatórias
✔ Plataforma de pagamento
✔ Cadastro nos mapas
✔ Placa visível informando recarga
🎯 Conclusão Ev’s Reviews
Abrir um eletroposto em 2026 não é aposta — é leitura correta de mercado.
Não é sobre “o futuro”.
É sobre um presente mal atendido.
Quem começar pequeno, certo e protegido, tem tudo para:
gerar renda extra estável,
valorizar o próprio negócio,
e entrar cedo num mercado que só cresce.
O erro não é investir, o erro é improvisar!

