Como abrir um Eletroposto? Guia 2026

O Guia Definitivo para Abrir seu Próprio Eletroposto e Lucrar com a Recarga de Carros Elétricos em 2026

12/24/20257 min ler

⚡ O Guia Definitivo para Abrir seu Próprio Eletroposto e Lucrar com a Recarga de Carros Elétricos em 2026

Durante décadas, quem controlou a mobilidade no Brasil foram os postos de combustíveis. Gasolina, diesel, etanol. Sempre o mesmo modelo, o mesmo fluxo, a mesma lógica. Em 2026, esse jogo começou a virar — silenciosamente, mas de forma irreversível.

Com milhões de carros elétricos circulando, especialmente modelos como BYD Dolphin, Yuan, GWM Ora 03 e Volvo EX30, surgiu um gargalo que o mercado ainda não conseguiu resolver: falta lugar para carregar.

E é exatamente aí que nasce uma das maiores oportunidades de renda extra (ou até principal) da década.

Este não é um texto motivacional. É um manual real, com números, riscos, investimento, retorno e erros comuns. Se você terminar este artigo, você vai saber exatamente:

  • se abrir um eletroposto faz sentido para você,

  • quanto custa começar,

  • quanto dá para ganhar,

  • e onde a maioria das pessoas erra feio.

🌎 O cenário de 2026: por que Eletroposto virou negócio (e não moda)

O Brasil vive hoje uma contradição curiosa. As vendas de carros elétricos cresceram mais de 300% em poucos anos, enquanto a infraestrutura de recarga cresceu em ritmo muito mais lento. Isso criou um desequilíbrio clássico de mercado: demanda alta, oferta escassa.

Na prática, isso significa que o motorista elétrico:

  • planeja rotas com ansiedade,

  • depende de poucos pontos confiáveis,

  • e valoriza absurdamente qualquer local que ofereça recarga funcional.

Ter um eletroposto hoje é, economicamente, muito parecido com:

ser o único posto de combustível num bairro novo que acabou de nascer.

Não é exagero. É matemática de fluxo.

📌 Leitura complementar :
👉 Quanto custa carregar um carro elétrico em casa? O cálculo real para 2026

🧠 Antes de tudo: o que as pessoas erram ao pensar em Eletroposto

O maior erro de quem começa a estudar esse mercado é imaginar um “mini posto Shell elétrico”. Isso não existe — e nem deveria.

Eletroposto não é só para estrada. Pelo contrário. Em 2026, a maior parte da recarga acontece onde o carro fica parado por algum tempo.

É aqui que você precisa entender dois modelos de negócio completamente diferentes.

⚙️ Modelo 1: Recarga de Destino — o caminho inteligente para começar

Quando falamos em recarga de destino, estamos falando do tipo de carregamento que acontece enquanto o motorista já estaria parado de qualquer forma. Esse é o ponto-chave que quase ninguém entende no começo.

O cliente não chega com pressa. Ele não está esperando o carro carregar para ir embora. Ele estaciona, conecta o carro e segue a vida: almoça, treina, trabalha, faz compras ou dorme. A recarga acontece em segundo plano, sem gerar ansiedade.

É por isso que esse modelo funciona tão bem — e por isso também é o mais seguro financeiramente para quem está começando.

Na prática, o seu eletroposto não precisa “vender energia”. Ele vende conveniência.

Imagine um restaurante com dois concorrentes lado a lado. A comida é boa nos dois. O preço é parecido. Um deles tem recarga para elétricos, o outro não. Em 2026, o motorista elétrico nem pensa duas vezes. Ele escolhe onde pode carregar.

Esse modelo funciona especialmente bem em locais onde o tempo médio de permanência do cliente gira entre 40 minutos e 2 horas. É exatamente o tempo ideal para um carregador AC.

Onde a recarga de destino realmente dá dinheiro

Não é sobre “qualquer lugar”. É sobre comportamento humano.

Ela funciona melhor em:

  • restaurantes, cafeterias e bares ☕

  • academias e centros esportivos 🏋️

  • mercados, atacados e farmácias 🛒

  • hotéis, pousadas e Airbnb 🏨

  • estacionamentos privados e empresariais 🅿️

O segredo aqui não é o volume absurdo de carros, mas a constância. Poucos carros por dia, todos os dias, criam um fluxo previsível de receita.

Que tipo de equipamento é usado nesse modelo

Aqui entram os Wallboxes AC, normalmente entre 7 kW e 22 kW.

Esse tipo de carregador:

  • é mais barato,

  • exige menos infraestrutura,

  • é muito mais tolerante à rede elétrica brasileira,

  • e tem manutenção praticamente nula.

Um Wallbox de 7 kW entrega, em média, 35 km de autonomia por hora. Em duas horas, o cliente sai com 70 km a mais — mais do que suficiente para o uso urbano diário.

Quanto custa começar de verdade (sem maquiagem)

Aqui está um ponto crítico: muita gente olha só o preço do equipamento e ignora o resto. Isso quebra negócios.

Um cenário realista e responsável envolve:

  • Equipamento: R$ 7.000 a R$ 15.000

  • Adequação elétrica (quadro, cabos, proteção): R$ 3.000 a R$ 8.000

👉 Investimento total típico: entre R$ 12.000 e R$ 25.000

Esse valor já considera:

  • disjuntor correto,

  • DR tipo A,

  • DPS contra surtos,

  • aterramento funcional,

  • mão de obra qualificada.

Quem corta isso aqui economiza no início e paga caro depois — às vezes com processo judicial.

Por que esse modelo é o melhor para renda extra

Porque ele:

  • exige baixo investimento inicial,

  • tem retorno previsível,

  • não depende de alto fluxo,

  • não exige subestação elétrica,

  • e não te transforma em refém do negócio.

Você instala, cadastra no app, divulga no mapa — e o ponto começa a trabalhar sozinho.

⚡ Modelo 2: Recarga de Trânsito — rápida, cara e sem margem para erro

A recarga de trânsito é o modelo que todo mundo imagina quando pensa em eletroposto: carregadores rápidos, paradas curtas, carros entrando e saindo o tempo todo.

Mas aqui vai a verdade nua e crua: esse modelo não é para iniciantes.

Nesse cenário, o cliente está com pressa. Ele quer carregar o máximo possível no menor tempo possível e ir embora. Isso exige carregadores rápidos DC, que são equipamentos completamente diferentes dos Wallboxes AC.

Onde esse modelo faz sentido?

Esse tipo de recarga só funciona bem em locais com:

  • fluxo constante de estrada,

  • veículos em viagem longa,

  • necessidade real de recarga rápida.

Exemplos:

  • postos de rodovia

  • grandes conveniências

  • hubs logísticos

  • áreas de descanso em estradas

Em ambiente urbano, esse modelo quase sempre não fecha a conta.

O que muda tecnicamente (e por que fica caro)

Carregadores DC:

  • exigem potência altíssima,

  • demandam rede trifásica robusta,

  • muitas vezes precisam de subestação própria,

  • sofrem muito mais com variação elétrica,

  • e custam caro para instalar e manter.

Aqui, o carregador não perdoa erro. Um projeto mal feito pode:

  • derrubar energia do quarteirão,

  • queimar equipamento,

  • ou gerar risco real de incêndio.

Quanto custa, sem fantasia

Um cenário realista envolve:

  • Equipamento DC: R$ 70.000 a R$ 250.000

  • Infraestrutura elétrica pesada: R$ 50.000 a R$ 120.000

👉 Total facilmente acima de R$ 200.000

E isso antes de pensar em:

  • contrato especial de energia,

  • demanda contratada,

  • manutenção,

  • seguro,

  • licenciamento.

Por que o erro aqui custa caro

Porque o investimento é alto, a margem é mais apertada e o risco operacional é grande.

Se o carregador ficar fora do ar:

  • você perde receita imediatamente,

  • perde reputação nos apps,

  • e ainda continua pagando custos fixos.

Por isso, esse modelo é indicado apenas para quem:

  • já tem capital,

  • entende de energia,

  • e aceita risco operacional maior.

🔎 Por que este guia foca no modelo de destino

Porque ele é:

  • mais democrático,

  • mais fácil de implantar,

  • mais previsível financeiramente,

  • e ideal para quem quer começar certo, não grande.

A maioria dos eletropostos lucrativos no Brasil não são rápidos. São discretos, bem posicionados e integrados ao dia a dia das pessoas. Esse é o jogo real em 2026!!

🔌 A parte técnica

Carregador de carro elétrico não é eletrodoméstico. Não existe “ligar numa tomada e pronto” se você quer ganhar dinheiro e dormir tranquilo.

Antes de instalar qualquer coisa, três pontos são obrigatórios.

1️⃣ Viabilidade elétrica

Um carregador de 7 kW consome o equivalente a dois chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo.
Você precisa verificar:

  • padrão de entrada do imóvel,

  • carga contratada com a concessionária,

  • se será necessário aumento de demanda.

2️⃣ Circuito dedicado

O carregador não pode dividir circuito com outras cargas.
Ele precisa de:

  • disjuntor exclusivo,

  • cabos corretamente dimensionados,

  • aterramento funcional (de verdade).

3️⃣ Proteções obrigatórias (isso salva seu negócio)

Aqui muita gente quebra antes de começar.

São obrigatórios:

  • Disjuntor correto

  • DR Tipo A (não é o DR comum)

  • DPS contra surtos elétricos

Sem isso, você corre risco real de:

  • queimar o carro do cliente,

  • perder seguro,

  • responder judicialmente.

📌 Leitura complementar (link interno):
👉
A peça de R$ 80 que pode salvar a vida do seu EV (e do seu negócio)

💳 Como cobrar sem virar funcionário do seu próprio Eletroposto

Você não vai ficar cobrando na mão, isso mataria o negócio em 2026, tudo passa por plataformas de gestão (CPO).

Funciona assim:

  • o cliente chega,

  • escaneia um QR Code,

  • libera a recarga pelo app,

  • paga por PIX ou cartão,

  • você recebe automaticamente.

Plataformas comuns no Brasil:

  • VoltBras

  • NeoCharge

  • Tupinambá

Elas cobram uma taxa pequena — e resolvem tudo: pagamento, controle, relatório e repasse.

💰 Agora o que interessa: quanto dá para ganhar (números reais)

Vamos usar um cenário conservador.

Exemplo realista:

  • 1 carregador AC de 7 kW

  • Uso médio: 5 horas por dia

  • Energia entregue: ~35 kWh/dia

Preço praticado em 2026:

  • Venda: R$ 2,20 / kWh

  • Seu custo: R$ 0,90 / kWh

Resultado:

  • Receita diária: ~R$ 77

  • Receita mensal: ~R$ 2.300

  • Custo de energia: ~R$ 950

  • Lucro bruto: ~R$ 1.350/mês

👉 Um equipamento de R$ 15.000 se paga em 10 a 12 meses.
E depois disso, vira fluxo de caixa.

Se tiver dois carregadores, dobre o raciocínio.

📍 Onde a maioria erra

  • Instala carregador em local sem fluxo

  • Não cadastra no PlugShare / Google Maps

  • Economiza em proteção elétrica

  • Não faz seguro

  • Compra carregador obscuro sem assistência

Eletroposto é infraestrutura, não gadget.

🧭 Checklist final

✔ Local com fluxo real
✔ Energia elétrica viável
✔ Projeto elétrico correto
✔ Proteções obrigatórias
✔ Plataforma de pagamento
✔ Cadastro nos mapas
✔ Placa visível informando recarga

🎯 Conclusão Ev’s Reviews

Abrir um eletroposto em 2026 não é aposta — é leitura correta de mercado.

Não é sobre “o futuro”.
É sobre um presente mal atendido.

Quem começar pequeno, certo e protegido, tem tudo para:

  • gerar renda extra estável,

  • valorizar o próprio negócio,

  • e entrar cedo num mercado que só cresce.

O erro não é investir, o erro é improvisar!