Qual o melhor Ev de entrada? Dolphin, Ora, E -Kwid, icar
BYD Dolphin Mini, Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar e GWM Ora 03. Analisamos preço, autonomia, tempo de recarga, itens de série e diferenciais de cada modelo para montar um pódio honesto de custo-benefício e ajudar você a escolher seu primeiro elétrico com segurança.


Qual é o melhor carro elétrico de entrada?
Comparativo: Dolphin Mini, Kwid E-Tech, iCar e Ora 03
Entrar no mundo dos elétricos hoje já não é mais só coisa de entusiasta. Entre isenções pontuais, custo por quilômetro mais baixo e a sensação de estar usando tecnologia atual, muita gente quer fazer a migração – mas esbarra sempre na mesma dúvida: qual carro elétrico de entrada realmente vale a pena?
Neste comparativo, colocamos lado a lado quatro protagonistas que hoje representam a porta de entrada para o elétrico no Brasil, cada um como “primeiro degrau” da sua marca:
BYD Dolphin Mini – compacto urbano que virou referência em vendas.
Renault Kwid E-Tech – o elétrico abaixo de R$ 100 mil que reposicionou o segmento.
Caoa Chery iCar – minicarro elétrico urbano, pequeno por fora, surpreendente por dentro.
GWM Ora 03 Skin – o “topo” entre os de entrada, mas ainda assim a porta de entrada da GWM nos elétricos compactos.
A ideia aqui não é repetir ficha técnica. É responder, com visão editorial: se você tivesse que escolher um único elétrico de entrada hoje, qual desses faz mais sentido para a sua vida?
Como escolhemos e o que estamos comparando
Para este artigo, consideramos:
Preços de referência zero km em 2024/2025 divulgados por montadoras e imprensa especializada.
Autonomia medida pelo Inmetro/PBEV, quando disponível.
Capacidade de bateria e recarga AC/DC, olhando quanto o carro anda e quanto tempo fica parado na tomada.
Pacote de equipamentos, segurança e sensação de “carro principal”, não só de segundo carro urbano.
Custo-benefício editorial, ou seja: não só quanto custa, mas o quanto entrega dentro da proposta.
Os números podem variar por campanha, região e mês, mas o objetivo é dar um retrato honesto da lógica de cada modelo, não cravar centavos.
Visão geral: preços, autonomia e proposta de cada um
Hoje, o cenário típico é mais ou menos este:
Renault Kwid E-Tech – na casa de R$ 99.990, posicionado como o elétrico 0 km mais barato do Brasil. Autonomia combinada oficial em torno de 180–190 km segundo o Inmetro, com destaque para uso urbano.
BYD Dolphin Mini – partindo de cerca de R$ 118.800 (4 lugares) e R$ 122.800 (5 lugares), com bateria LFP Blade de 38 kWh e autonomia de 280 km no ciclo Inmetro.
Caoa Chery iCar – preço de tabela em torno de R$ 119.990, com bateria de cerca de 30,8 kWh e autonomia oficial entre cerca de 197 km combinados (Inmetro em medições anteriores) e até 280 km em condições urbanas, conforme materiais mais recentes.
GWM Ora 03 Skin – parte de R$ 159.000–149.900 em campanhas recentes, com bateria de 48 kWh, autonomia de 232 km pelo Inmetro e motor de 171 cv.
Traduzindo: Kwid E-Tech é o mais barato, Dolphin Mini e iCar brigam pelo “miolo” do segmento, e Ora 03 Skin é o degrau mais caro – e mais sofisticado – entre os de entrada.
BYD Dolphin Mini – o novo “padrão” de entrada
O Dolphin Mini é, na prática, o carro que redefiniu o que significa “elétrico de entrada” no Brasil. Em vez de parecer um projeto “simplificado demais”, ele entrega um pacote que se aproxima de um hatch compacto bem equipado.
Pontos que pesam muito a favor:
Autonomia de 280 km pelo Inmetro com bateria LFP Blade de 38 kWh, tecnologia já com boa reputação de segurança e durabilidade.
Pacote de segurança robusto para o segmento, com 6 airbags, freio a disco nas quatro rodas e estrutura com uso elevado de aço de alta resistência.
Interior mais moderno, com multimídia giratória, comandos bem resolvidos e sensação de “carro atual”, não de projeto adaptado.
Na prática, o Dolphin Mini consegue o equilíbrio que muita gente procura:
Não é o mais barato, mas não assusta no preço de entrada.
Entrega autonomia suficiente para a rotina urbana média e até alguns deslocamentos rodoviários moderados.
Parece um carro pensado desde o início para ser elétrico, e não um térmico convertido.
Editorialmente, ele é hoje o referencial de custo-benefício entre os elétricos de entrada para quem quer algo que possa, sim, ser o carro principal da casa – principalmente em uso urbano.
Renault Kwid E-Tech – o “porta de entrada absoluta”
O Kwid E-Tech cumpre um papel muito específico: ser o 0 km elétrico mais barato – e isso tem peso num país em que o valor de entrada ainda é o maior obstáculo. imprensa.renault.com.br+1
Na prática, ele entrega:
Preço agressivo, ficando abaixo da barreira psicológica dos R$ 100 mil.
Bateria de 26,8 kWh com autonomia em torno de 180–190 km combinados, chegando a algo próximo dos 250–300 km em uso urbano leve, segundo dados de Inmetro e da própria Renault. Onde o Kwid E-Tech começa a mostrar suas limitações:
Plataforma originalmente pensada para um compacto a combustão, com acabamento simples e sensação geral de carro urbano básico.
Autonomia que atende bem quem roda pouco na cidade, mas exige mais planejamento para quem precisa de margens maiores ou pega estrada.
Nossa leitura editorial sobre ele:
É excelente como segundo carro urbano, para quem quer testar a vida elétrica com o menor investimento possível.
Como carro único, funciona bem para rotinas muito previsíveis e distâncias curtas, mas já começa a exigir mais concessões do que os rivais.
Caoa Chery iCar – o elétrico urbano “de nicho”
O iCar é aquele modelo que, no papel, parece estranho – minicarro, muito curto, visual diferente –, mas que faz sentido em determinados cenários.
Pontos fortes:
Preço na casa de R$ 119.990, frequentemente com promoções, o que o coloca lado a lado do Dolphin Mini em valores.
Bateria na faixa de 27–30,8 kWh, com autonomia oficial já divulgada em cerca de 197 km combinados e até 280 km em certos ciclos urbanos, dependendo da fonte.
Tamanho extremamente compacto, facilitando uso em centros urbanos apertados e vagas pequenas.
Onde ele perde terreno:
Proposta muito focada em uso urbano puro, com espaço traseiro e de porta-malas limitados.
Marca e rede com percepção de valor de revenda e pós-venda menos consolidadas que BYD, Renault ou GWM na cabeça de parte do público.
No nosso olhar de revista:
O iCar faz sentido para quem quer um elétrico quase “de bolso”, em grandes centros, com foco em deslocamentos bem curtos e praticidade de estacionamento.
Como “elétrico de entrada para a família”, ele perde força frente ao Dolphin Mini e ao Ora 03.
GWM Ora 03 Skin – o entrada que já flerta com categoria acima
O Ora 03 Skin é curioso: ele é o “de entrada” da família Ora, mas entrega um pacote que parece pertencer meio degrau acima do resto deste comparativo.
Destaques:
Preço em torno de R$ 159.000–149.900 em séries especiais, bem acima dos demais, mas com mais carro entregue em troca.
Bateria de 48 kWh com autonomia de 232 km pelo Inmetro.
Motor de 171 cv e mais de 25 kgfm de torque, oferecendo desempenho de hatch esportivo em várias situações.
Acabamento interno e pacote de tecnologia que se aproximam de carros de categoria superior.
O efeito prático:
Para quem pode pagar o degrau extra, o Ora 03 começa a se comportar mais como carro principal da casa para qualquer tipo de uso, inclusive trechos rodoviários mais frequentes.
Em autonomia, ele não bate o Dolphin Mini de forma tão clara quanto se imagina pelo preço – mas compensa em desempenho, porte, conforto e sensação de “carro completo”.
Autonomia e recarga: quem vai mais longe com menos tempo parado
Em termos de autonomia oficial combinada (Inmetro/PBEV), o quadro é algo como:
BYD Dolphin Mini – cerca de 280 km, muito bem posicionado no segmento.
GWM Ora 03 Skin – 232 km, com bateria maior e carro mais pesado.
Caoa Chery iCar – entre cerca de 197 km combinados e até 280 km urbanos em alguns materiais; na vida real, espere algo no meio do caminho, conforme uso.
Renault Kwid E-Tech – na casa de 180–190 km combinados, com destaque para uso urbano leve.
Em recarga, todos seguem a lógica:
Alternada (AC) em carregadores de parede na faixa de 7–11 kW, com recargas completas em algumas horas.
Carga rápida (DC) em potências de 40–60 kW nos modelos que disponibilizam essa opção, permitindo saltos de 20 a 80% em menos de 1 hora em iCar e Ora 03, por exemplo.
Na prática, o que importa:
Dolphin Mini entrega hoje um dos melhores pacotes de autonomia x tamanho de bateria x preço.
Ora 03 compensa parte da autonomia menor com melhor performance de recarga e desempenho.
Kwid e iCar exigem mais planejamento para quem gosta de margens maiores ou não tem recarga em casa.
Equipamentos, segurança e sensação de “carro principal”
Aqui é onde o “elétrico de entrada” deixa de ser só número e vira experiência.
Dolphin Mini: traz uma combinação muito forte de multimídia moderna, seis airbags, freio a disco nas quatro rodas e uma cabine com sensação contemporânea. Para um carro nessa faixa de preço, é difícil ignorar o conjunto.
Kwid E-Tech: cumpre o básico em segurança, mas deixa claro que é um projeto compacto urbaníssimo, com acabamento simples e proposta espartana. A sensação ainda é mais de “carro de cidade” do que de veículo que você quer encarar como único da casa.
iCar: surpreende em alguns elementos de conforto e design interno, mas continua limitado pelo espaço e pela percepção de ser um minicarro, o que pesa na decisão de quem quer um veículo mais versátil para família.
Ora 03 Skin: claramente joga em outro nível de acabamento, tecnologia embarcada e percepção de qualidade. Quem entra num Ora 03 dificilmente o enxerga como “elétrico de entrada” – ele parece mais um hatch premium que por acaso é o primeiro degrau da marca.
O pódio: quem leva o título de melhor elétrico de entrada?
Chegamos à parte que importa: se tivermos que montar um pódio pensando em custo-benefício real para o Brasil de hoje, como fica?
1º lugar – BYD Dolphin Mini: o elétrico de entrada mais equilibrado
Editorialmente, o Dolphin Mini leva o ouro porque:
Entrega autonomia líder no segmento, com tecnologia de bateria moderna.
Tem preço competitivo frente ao que oferece.
Oferece segurança e equipamentos de carro que você realmente pode usar como principal, sem a sensação de estar num projeto “pelado” adaptado.
Para quem quer entrar no elétrico com a menor quantidade de concessões possível, ele é hoje o ponto de partida mais inteligente.
2º lugar – GWM Ora 03 Skin: o melhor para quem pode subir o degrau
O Ora 03 Skin não ganha em custo-benefício puro porque o preço o coloca meio degrau acima. Mas:
Performance, acabamento e tecnologia o transformam no melhor elétrico de entrada para quem tem orçamento mais folgado.
É o carro com mais cara de “substituto definitivo da combustão” entre os quatro.
Se o seu bolso alcança, é o modelo que mais faz você esquecer que um dia rodou de térmico.
3º lugar – Renault Kwid E-Tech: a porta de entrada mais barata
O Kwid E-Tech leva o bronze por um motivo simples: ele permite que mais gente entre no mundo dos elétricos.
Ele não é o mais confortável, nem o mais autônomo; mas:
Cumpre bem o papel de elétrico urbano para rotinas curtas.
Funciona muito bem como segundo carro ou como primeiro passo de quem quer testar a tecnologia sem travar capital demais.
Menção honrosa – Caoa Chery iCar: o elétrico certo para nichos específicos
O iCar não entra no pódio geral porque falta versatilidade, mas ele tem seu espaço:
Bom para quem mora em centros urbanos apertados, precisa de um carro minúsculo para estacionar em qualquer vaga e roda pouco por dia.
Em qual deles você deveria prestar mais atenção?
Resumindo em linguagem direta:
Quer um único carro elétrico de entrada, equilibrado e moderno?
Foque no BYD Dolphin Mini.Tem orçamento maior e quer algo mais próximo de um hatch premium elétrico?
Olhe com carinho para o GWM Ora 03 Skin.Sua prioridade absoluta é pagar o mínimo possível para entrar no mundo elétrico?
O Renault Kwid E-Tech ainda é a “chave de entrada” mais barata.Mora apertado, roda pouco e quer um mini-elétrico urbano bem específico?
Aí o Caoa Chery iCar começa a fazer sentido.




